A literatura médica indica que a sinusite crónica e as condições nasossinusais relacionadas podem ter efeitos mensuráveis no desempenho desportivo.
Por exemplo, num estudo envolvendo 106 atletas profissionais, foram observadas alterações na fisiologia rinossinusal, com os nadadores apresentando um tempo médio de transporte mucociliar (MCTt) de 27,4±4,97 minutos, significativamente superior ao valor normal de 13±3 minutos (P <0,0001).
Os esquiadores tiveram um MCTt médio de 19,58±1,92 minutos (P<0,0001) e um aumento da resistência nasal basal total de 0,37±0,05 Pa/ml por segundo, comparado ao valor normal de 0,25 Pa/ml por segundo (P<0,001). [1]
Além disso, descobriu-se que atletas com sintomas nasais regulares apresentam maior frequência de infecções do trato respiratório superior e piores pontuações de qualidade de vida, conforme medido pelo Sino-Nasal Outcome Test, em comparação com aqueles sem sintomas nasais.[2]
Esses achados sugerem que a sinusite crônica pode prejudicar a depuração mucociliar e aumentar a resistência nasal, o que pode contribuir para a diminuição do desempenho atlético e aumento da morbidade..
Dra. Danielly Andrade
Médica formada pela UFMG em 2008, é especialista em Otorrinolaringologia, com foco em rinologia.
Possui mais de 15 anos de experiência, tratando condições como obstrução nasal, desvio de septo e sinusite, além de realizar cirurgias estéticas e funcionais no nariz.
Atua no corpo clínico-cirúrgico dos hospitais Mater Dei e é preceptora de residência médica em Rinologia.